dor crônica

Dor crônica: 5 perguntas mais comuns dos pacientes

Saiba quais são as respostas aos principais questionamentos dos pacientes que convivem com dor crônica.

Quando alguém com dor procura atendimento médico, busca, além de pôr fim a sensação incômoda, elucidar sua causa de base. A dor também causa preocupação e sofrimento psíquico, sendo importante uma avaliação dos aspectos emocionais envolvidos.

Muitas vezes, existe uma dificuldade da equipe médica no manejo de dor de pacientes com dor crônica: alegam que a dor não melhora, ou que a dor referida é maior do que o esperada para a extensão da lesão, ou que a dor não tem “explicação” do ponto de vista médico ou ainda simplesmente que o paciente não colabora com o tratamento.

A dor é um mecanismo de defesa importante do corpo, notificando-o sobre agentes danosos. Ela pode no entanto trazer muito desconforto e preocupação, principalmente quando perdura, passando a ser chamada de dor crônica.

Trata-se de um problema ao mesmo tempo muito comum em nosso meio e incapacitante. Mas afinal,

1. O que é dor?

Em poucas e objetivas palavras, dor é o que o indivíduo que a sente diz ser e existe quando ele diz existir. Ou seja, dor não é questionável ou discutível! Se alguém diz ter dor, tem dor.
2 – O que é dor aguda e dor cônica?

Estes termos dizem respeito à  duração da dor.

A dor aguda tem curta duração, entre segundos até 3 meses. Normalmente tem causa bem conhecida e possui função de alerta. Por exemplo, quando encostamos mão na panela fervendo, sentimos dor e imediatamente a retiramos. 

Se não sentíssemos nada, deixaríamos a mão em contato com a panela de forma que a lesão na pele seria muito mais grave. Apesar de incômoda, a dor aguda tem função importante.

dor crônica dura mais que 3 meses e não possui causa bem definida, nem tem função de alerta. Pode causar alterações de comportamento como ansiedade, tristeza, irritação e medo.

3 – Existe dor emocional?​

Toda dor tem sempre componente mental e físico.

Infelizmente ainda se escuta frases como “isso é da cabeça do paciente” ou “essa dor é 100% real, orgânica”, que mostram uma dicotomização de conceitos, ou seja, tudo ou nada.

Hoje se sabe que existe uma integração das vias neurais que transmitem a informação de dor com as vias responsáveis pelas emoções e cognição. Isto é, a circuitaria está toda entrelaçada, sendo impossível separar os componentes de cada uma.

4 – A dor crônica tem cura?​

Não existe cura, mas tratamento e controle da dor crônica.

O tratamento envolve o uso de medicações (analgésicos, antidepressivos) procedimentos médicos (bloqueio de nervos, eletroestimulação, radiofreqüência), medidas de auto cuidado (atividade física, relaxamento, meditação) e atenção à saúde mental, através de terapias.

5 – Como se chama o profissional especialista em dor?​

Uma vez que a experiência de dor envolve aspectos físicos, emocionais e sociais, seu tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar, composta tanto por médicos (anestesiologista, psiquiatra, neurologista, ortopedista, geriatra) como fisioterapeuta, psicólogo, educador físico entre outros.

É melhor pensar em uma equipe especializada do que colocar toda a demanda em um único profissional.

“É evidentemente impossível transmitir a impressão de dor pelo ensinamento, visto que ela só é conhecida daqueles que a sentiram. Além disso, nós somos ignorantes de cada tipo de dor antes que a tenhamos sentido”.

Galeno, médico e filósofo grego, séc. I DC.

Referências:

Naime FF. Manual de Tratamento da Dor, 2a ed. Manole, 2013.

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