Minha Jornada: Da Física à Psiquiatria Integrativa

1️⃣ O Chamado à Jornada – A Ciência e a Saúde

Desde pequeno, sempre fui fascinado por entender como as coisas funcionam. Esse desejo me levou a estudar Física Médica na USP, um campo que une a precisão da ciência com a saúde. Passei anos trabalhando em laboratórios, cercado por números, tecnologia e equipamentos de diagnóstico.

Foi assim que cheguei ao Hospital das Clínicas da USP, onde me especializei em Radioproteção em Medicina Nuclear. Ali, eu ajudava a garantir a segurança de exames com materiais radioativos. Mas algo começou a mudar.

Nos corredores do hospital, enquanto ajustava protocolos de segurança, comecei a observar os pacientes. Vi seus medos, suas angústias e suas buscas por respostas. Eles não eram apenas exames, mas pessoas com histórias complexas. E foi aí que senti o primeiro chamado para algo maior.

2️⃣ O Salto para o Desconhecido – Da Física para a Psiquiatria

A ciência dos números me encantava, mas percebi que meu verdadeiro interesse estava nas pessoas, e não nas máquinas. Esse foi o primeiro grande momento decisivo da minha vida.

Deixei para trás minha carreira consolidada e voltei a estudar para o vestibular de Medicina. Foi um salto no escuro, um caminho incerto, mas algo dentro de mim dizia que era a decisão certa.

Entrei na Unicamp, me formei médico e, logo depois, escolhi a Psiquiatria como especialidade. Para muitos, um salto ilógico. Para mim, um caminho inevitável.

Na psiquiatria, descobri que a mente humana é tão complexa quanto a própria física quântica. Mas, diferentemente das equações matemáticas, não há um modelo único que explique o sofrimento humano. Cada paciente é um universo próprio, com variáveis que precisam ser analisadas de forma única.

3️⃣ O Erro da Psiquiatria Tradicional

Foi durante minha residência médica que percebi uma falha enorme na psiquiatria tradicional.

Muitos pacientes chegavam ao consultório frustrados. Já haviam passado por vários tratamentos, tomado diversos remédios, mas ainda sentiam que algo estava errado.

Comecei a questionar: por que tratamos sintomas sem investigar as causas? Por que a psiquiatria ignora o impacto da nutrição, dos hormônios, do estilo de vida e das emoções reprimidas?

Entendi que não bastava prescrever medicamentos. Para realmente ajudar meus pacientes, eu precisava ir além do diagnóstico convencional e enxergar a saúde mental como parte de um todo.

4️⃣ A Grande Lição Aprendida – A Psiquiatria Integrativa

Foi então que mergulhei em uma abordagem psiquiátrica diferente.

Comecei a unir a precisão científica com uma visão mais ampla do ser humano. Estudei nutrição, metabolismo, psicoterapia, medicina integrativa e neurociência aplicada à psiquiatria.

Hoje, meu trabalho se baseia na investigação aprofundada de cada paciente, analisando:
✔ Deficiências nutricionais e hormonais
✔ Exames laboratoriais específicos
✔ Impacto da alimentação e do estilo de vida
✔ Psicoterapia e regulação emocional
✔ Uso criterioso e consciente de psicofármacos

A psiquiatria não deveria ser apenas sobre medicação. Meu objetivo é devolver ao paciente clareza, autonomia e controle sobre sua própria saúde mental.

Se você sente que sua mente está travada, que perdeu o controle dos seus sintomas e que algo ainda não foi resolvido, saiba que existe um outro caminho.